O Núcleo de Pesquisa – Orquidário do Estado, anteriormente Seção de Orquidário, têm sua origem comum a do Jardim Botânico de São Paulo e do Instituto de Botânica.

O Orquidário de São Paulo, Orquidário do Estado, ou como se considera hoje, o Orquidário “Frederico Carlos Hoehne” é o marco inicial do Jardim Botânico de São Paulo, paixão do Dr. Hoehne e instrumento principal para a conscientização da importância para a conservação. Este pesquisador, amante das orquídeas e da flora brasileira, organizou a primeira coleção pública de orquídeas de São Paulo, em detrimento de suas coleções particulares mantidas desde 1917, construindo um ripado e 2 estufas no Parque da Água Funda (atual Parque Estadual das Fontes do Ipiranga), lançando a semente do atual Jardim Botânico de São Paulo, em 1928. Hoehne já destacava que o ripado entre as estufas foi influência marcante na arquitetura da urbe paulistana, onde casarões passaram a receber pequenos ripados como parte integrante dos jardins, junto com os pergolados.

A coleção de orquídeas foi mantida nesta área até a década de 1970, quando ganhou nova estrutura, em local restrito ao público, recebendo cadastramento novo e uma maior preocupação com manutenção de registros fiéis das plantas da coleção, na antiga Seção de Orquidário, atualmente Núcleo de Pesquisas – Orquidário do Estado. Entre as estufas do Jardim Botânico mantêm-se até hoje uma amostra permanente de plantas aos visitantes do Jardim Botânico de São Paulo, abrigando duas exposições anuais de orquídeas desde 1992. A coleção científica conta hoje com cerca de 18.000 vasos de cerca de 600-700 espécies, composta em sua maioria de espécies nativas de São Paulo e do Brasil, muitas destas ameaçadas de extinção. Além da conservação de material genético, uma preocupação recente, apesar de introduzida na década de 1970 pelo Dr. Hamilton Dias Bicalho, a coleção é ferramenta essencial a estudantes de graduação e pós-graduação.

O Núcleo de Pesquisa – Orquidário do Estado realiza pesquisas sobre a morfologia, fisiologia, taxonomia, filogenia, citogenética, biologia molecular e biologia da conservação; utiliza o cultivo “in vitro” para realizar estudos sobre nutrição, crescimento e desenvolvimento de orquídeas, bem como a reprodução de orquídeas para conservação “ex-situ”; além disso, investiga a evolução entre grupos de orquídeas neotropicais; estuda os mecanismos de especiação de orquídeas nativas e mantém uma coleção científica de orquídeas e o orquidário de visitação pública no Jardim Botânico.

 Linhas de Pesquisa:

  • Conservação ex-situ de espécies ameaçadas
  • Crescimento e desenvolvimento
  • Cultivo in vitro
  • Filogeografia
  • Inventário Florístico
  • Sistemática filogenética
  • Taxonomia
  • Tecnologia de produção de orquídeas nativas