07/06/2017

Projeto do Instituto de Botânica cataloga extratos com atividade biológica derivados de plantas nativas do Cerrado e da Mata Atlântica do Estado de São Paulo

A biodiversidade vegetal do Estado de São Paulo, apesar do processo avançado de devastação, continua sendo uma fonte potencial de produtos bioativos com valor agregado. Nos últimos anos, houve uma grande mudança no campo da descoberta e aplicação de metabólitos secundários, caracterizada pela ampliação do escopo da pesquisa. Pesquisas foram desenvolvidas no Instituto de Botânica da Secretaria do Meio Ambiente, do Instituto de Química da UNESP de Araraquara, do Instituto de Química da USP e da UNIFESP de Diadema sobre a diversidade química e o potencial biológico de plantas nativas da flora paulista. Até o momento, a estratégia de triagem é a primeira etapa do processo e, a partir do banco de extratos de espécies nativas, localizado no Instituto de Botânica, os resultados alcançados foram baseados na aplicação de bioensaios simples para detectar agentes antifúngicos, antioxidantes, anticolinesterásicos entre outros. Assim, alguns extratos bioativos, catalogados em nosso banco de extratos, foram submetidos ao fracionamento guiado pela atividade de interesse levando ao isolamento e identificação de substâncias com propriedades antifúngicas, antioxidantes, anticolinesterásicas, citotóxicas e antiparasitárias, constituindo-se um acervo valioso sobre o perfil químico das plantas destes ecossistemas.