09/05/2016

Parceria entre Instituto de Botânica, Instituto Adolfo Lutz e a Fundação Itesp  fornece subsídios para a Inserção do mel de agricultores familiares do Vale do Ribeira, através da identificação do mel de origem da Mata Atlântica

Proposto junto à Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SDT) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o Projeto “Inserção do mel de agricultores familiares do Vale do Ribeira, através da identificação do mel de origem da Mata Atlântica” foi coordenado pela Pqc Cynthia Luz junto ao Instituto de Botânica e teve como objetivo fomentar a produção de mel de agricultores familiares do Vale do Ribeira – nas comunidades quilombolas de Cangume, Pilões, Piririca, Porto Velho e Ribeirão Grande/Terra Seca, beneficiando 32 produtores.

A parceria entre o Instituto de Botânica, Instituto Adolfo Lutz e a Fundação Itesp através do Convênio firmado para desenvolvimento do referido projeto buscou melhorias e o desenvolvimento da apicultura familiar dos agricultores. A apicultura familiar é uma atividade econômica e ecológica indispensável para sistemas de agricultura familiar devido à polinização e, que tem por objetivo trazer a inclusão social, renda fixa e bases ecológicas sustentáveis. Por meio dos institutos, três secretarias diferentes – a Secretaria da Saúde, a Secretaria do Meio Ambiente, e a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania – se uniram para o desenvolvimento do projeto.

A parceria do Instituto de Botânica, Instituto Adolfo Lutz e da Fundação Itesp permitiu que, por meio da realização de análises do pólen contigo no mel (análise melissopalinológica) e as físico-químicas fosse possível verificar a qualidade do produto – embasando a busca por uma identidade para o mel (por exemplo, mel silvestre de floresta). Através de atividades de capacitação o projeto possibilitou levar conhecimento cientifico aos apicultores quilombolas sobre a produção de mel de qualidade dentro das exigências das legislações nacional e internacional, buscando também a identidade do produto, por meio de uma estratégia conjunta de comercialização do mel produzido pelas comunidades envolvidas.

A parceria contribuiu para que os Institutos recebessem equipamentos e assim tiveram condições de melhorar os seus trabalhos laboratoriais, beneficiando todo o Estado – além de reforçar a atenção e o interesse dedicados à saúde pública, uma vez que possibilitou também uma melhoria na qualidade das análises realizadas em alimentos consumidos pela população. Portanto, a parceria em questão atendeu ao interesse público.