O Núcleo de Pesquisa em Briologia teve origem na Divisão de Embriófitas do Departamento de Botânica do Estado, criado em 1938, que passou a Instituto de Botânica em 1942. A denominação Núcleo foi adotada em 2009, anteriormente chamava-se Seção de Briologia e Pteridologia, nome recebido em 1978, englobando também o grupo das samambaias.

Sobre as briófitas

As briófitas são o segundo maior grupo de plantas terrestres, atrás apenas das plantas com flores. Atualmente estão sistematizadas em três divisões: antóceros (Anthocerotophyta), hepáticas (Marchantiophyta) e musgos (Bryophyta).
Existem cerca de 17.900 espécies de briófitas no mundo, das quais 12.800 são musgos, 5.000 hepáticas e 100 antóceros. Para o Brasil já foram listadas cerca de 3.200 espécies de briófitas distribuídas em 450 gêneros e 110 famílias.
Estes vegetais são encontrados em quase todos os ambientes, desde as florestas pluviais extremamente úmidas até as áreas de pouca umidade como o cerrado, a caatinga e o deserto. Crescem nos mais variados substratos naturais ou introduzidos pelo homem.
As briófitas apresentam várias aplicações diretas e indiretas para o homem, são utilizadas como bioindicadores ecológicos, paleoecológicos, de depósitos minerais e da poluição da água e do ar.
Possuem grande importância no início da sucessão ecológica das florestas recém-devastadas sendo responsáveis pela formação e retenção do húmus e a consequente redução do pH do solo, na retenção de água das chuvas e ainda pela formação de um ótimo substrato para a germinação de sementes.
O potencial econômico deste grupo vegetal ainda é pouco conhecido, porém os resultados de nossos projetos poderão também subsidiar estudos nesta área, principalmente no campo da medicina e potencial ornamental.

A Coleção do Herbário Seccional de Briófitas

É importante conhecer o grupo das briófitas e documentar sua riqueza e diversidade nos diversos ecossistemas. A coleção seccional de briófitas do Herbário Científico do Estado “Maria Eneyda P. Kauffmann Fidalgo” (SP), com suas 80.000 amostras de briófitas, abrange coleções de todos os ecossistemas e estados do país. Esta coleção corresponde a mais da metade de todas as amostras depositadas em herbários do país, e, possui amostras de coletores importantes para o Grupo como Ule, Gehrt, Vital, Yano, Schuster, Frahm, Buck, entre outros e cerca de 70 materiais tipo de espécies brasileiras.
A coleção de briófitas está em estado avançado de informatização pelo programa BRAHMS.

Atividades realizadas pelos pesquisadores

  • Estudos botânicos em florística, taxonomia e ecologia de Briófitas, com ênfase na área do Estado de São Paulo;
  • Manutenção e desenvolvimento do Herbário Científico do Estado “Maria Eneyda P. Kauffmann Fidalgo”;
  • Orientação de estagiários, cursos de capacitação e pós-graduação; assistência a bolsistas e pesquisadores nacionais e estrangeiros e manutenção de intercâmbio científico no país e no exterior;
  • Atendimento às demandas da Secretaria de Estado de Infraestrutura e  Meio Ambiente, por meio da elaboração de laudos, pareceres, etc, e ou particulares, bem como colaboração na elaboração e na execução da Política Estadual de Meio Ambiente;
  • Divulgação dos conhecimentos adquiridos à comunidade.